ROUND TABLE
CASA COMUM
8 September 2023, 2.30pm-3.30pm
A aventura da Modernidade: A viagem de Miró desde Maiorca até à América, com escala em Lisboa.
Conferência de Joan Punyet Miró, proferida pela Prof. Maria de Lourdes Pereira
Aurelino Costa
Raquel Patriarca
José Rui Teixeira
We’re very excited to announce this roundtable, which will take place at the 44th ACIS Conference. We will have the great honour to be in the company of Maria de Lourdes Pereira, as well as Raquel Patriarca, Aurelino Costa and José Rui Teixeira.
Maria de Lourdes Pereira nasceu em Benguela, em 1969. Licenciada pela Universidade de Lisboa (Línguas e Literaturas Modernas: Português-Francês) e doutorada pela Universidade das Ilhas Baleares, com uma tese sobre as relações literárias e culturais entre Portugal e Espanha, em particular sobre as gerações de final do século XIX: Antero de Quental e a Geração de 70 no diálogo peninsular. Professora da Universidade das Ilhas Baleares e subdiretora da Cátedra Mário Cesariny – UIB / Instituto Camões. Como investigadora, tem focado a sua atenção nos períodos e autores que configuram a etapa que se inicia com as gerações da segunda metade do século XIX, até aos nossos dias, tendo vários trabalhos publicados dentro desse contexto histórico-cultural. De entre os autores que tem trabalhado, destacam-se os trabalhos que tem publicado sobre As Novas Cartas portuguesas, José Saramago, João de Melo ou Valter Hugo Mãe. Mais concretamente, a obra deste último autor é o tema de estudo do seu último livro publicado: Só existe beleza no que se diz (officium Lectionis. Porto, 2021).
Raquel Patriarca É desde 1974. Encantada pela arte de brincar, fazer o pino e ler, veio a doutorar-se pela FLUP, com uma tese sobre a história do livro infanto-juvenil em Portugal, Bibliotecária, documentalista, investigadora, contadora de histórias e escritora, é professora de futuros bibliotecários e arquivistas, de professores e de alunos pós-reformados. Não estando entregue a nenhuma das actividades atrás indicadas, estará, provavelmente, a fazer curadoria de coisas extraordinárias, como símbolos ou oficinas, a dizer poesia, a escrever cartas de amor por encomenda ou em viagem. É autora de livros sobre a História do Porto e de contos para a infância, alguns dos quais estão recomendados pelo Plano Nacional de Leitura. Tem participado em obras colectivas com textos livres, verbetes, contos, poemas e até um capítulo de um romance em folhetim. Faz parte de projectos encantadores como o colectivo poético Vozes ou a Biblioteca Emocional, de ajuntamentos maravilhosos como as Correntes d’Escritas e os Livros a Oeste ou noutros pontos cardiais, de festas de alegria como a Onomatopeia e o Têpluquê. Biografou as vidas de várias bichezas ilustres como a Abelha Zarelha, a Barata Patarata e o Escaravelho Trolaró e O Caracol que vive num Farol; colaborou na pesagem das Doses de magia; deu voz a um pequeno Canto de chão n’Ainocência das facas; defendeu, em poema, O direito a sonhar ou (a construir) uma casa para mim em Os Direitos das Crianças, rasgou Um sorriso feito de papéis entre uma infância sua e uma Infância Minha; disse que Sim às Palavras Correntes; escreveu e contou A história de uma história; procurou Os gestos mais simples da humanidade na companhia de um Bode inspiratório; perguntou por todo o lado O que é o Natal, e acabou a escrever um Outro Natal; e já foi a voz de uma entre doze Penélopes, está prestes a descobrir que todo o Nome é Diferença e tem estendido a voz e as mãos a cada gesto essencial. Quando for grande, quer ser poeta.
Aurelino Costa (Argivai, Póvoa de Varzim, Dez.1956 ) Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Pertenceu ao movimento português Incomunidade (1999 –2009 ) com ramificações à Galiza, Astúrias, País Basco, Léon, Catalunha, Andaluzia, Madrid, Aragão/Saragoça, entre outros, com Alberto Augusto Miranda, Luisa Villalta, Carmen Nuevo, Kepa Murua, Leire Bilbao, Tomás Sánchez Santiago, Silvia Zaias, Eduardo Moga, Isabel Bono, Angélica Lidell, Aitana. Colabora em várias publicações colectivas de literatura, desde revistas a antologias. É autor dos livros de poesia, Poesia Solar, Raiz do Tempo, Pitões das Júnias, Amónio, Na Terra de Genoveva, Domingo no Corpo, Gadanha, nomeado para o Prémio Autores SPA/2019, na categoria de Literatura- melhor Livro de Poesia e recentemente Casa e Logradouro, Ed. Porto Editora – Colecção Elogio da Sombra, coordenada pelo Escritor Valter Hugo Mãe. Tem poemas traduzidos para mirandês, castelhano, alemão e Inglês. Como recitador-interprete de poesia, destacam-se, entre outros, os recitais concerto levados a cabo em várias salas de Teatro em Portugal, como fora dele, com destaque para os realizados no Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, Gabinete Português de Leitura do Recife e faculdade de Filologia Românica de São Petersburgo/Out.de 1990. Nesta qualidade recebeu o Prémio Mineiro Poético/2011. Tem poemas traduzidos para mirandês, castelhano, alemão e Inglês. É autor de discografia diversa, onde diz poesia portuguesa em parceria musical com o Compositor e Interprete Maestro António Victorino D’Almeida. Foi narrador, em português, em Miguel de Cervantes & las Músicas del Quixote, com Hespèrion XXI, sob a direcção de Jordi Savall (FIMPV/2006) Tem musicado e interpretado pela soprano Arianna Savall, o poema “ Harpa e delírio da água”, editado no CD “ Peiwoh “, Ed. Alia Vox/2009 . É actor na longa metragem Netto e o Domador de Cavalos do realizador Tabajara Ruas, finalista do Festival de cinema de Gramado, Brasil. Em 2022, foi-lhe atribuída, como poeta e dizedor, a Medalha de Reconhecimento Poveiro, pelo Presidente do Município da Póvoa de Varzim.
José Rui Teixeira nasceu no Porto, em 1974. Depois dos estudos teológicos e filosóficos, doutorou-se em Literatura na Universidade do Porto. Desenvolveu dois projetos de pós-doutoramento, o último dos quais em literatura hispano-americanana Universidad de Salamanca. É professor na Universidade Católica Portuguesa (Porto), onde dirige a Cátedra Poesia e Transcendência – Sophia de Mello Breyner Andresen. Colabora com centros de investigação, cátedras, institutos e unidades académicas europeias e sul-americanas, integrando projetos, pronunciando conferências e publicando uma ensaística que coloca em diálogo as suas áreas de formação e interesse científico: teologia, filosofia, literatura e arte, antropologia e história da cultura e das religiões. É autor de dez livros e mais de sessenta artigos em revistas científicas e literárias. É diretor pedagógico do Colégio Luso-Francês (Porto) e coordena o projeto editorial Officium Lectionis. Na condição de poeta, reuniu a sua obra em Autópsia (2019) e em Como um ofício (2021); publicou Habeas corpus em 2023.